MSX

MSX (1983)

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Entre a segunda e a terceira geração de vídeo games a indústria passou por um momento delicado em que os computadores pessoais roubavam a cena, mas não por serem bons ou melhores que os vídeo games. O fato é que a indústria gamística enforcou a si própria com tantos consoles e jogos horríveis lançados da metade para o final da segunda geração.
Os consumidores começaram a acreditar que a idéia de ter um PC em casa seria muito mais divertido e útil do que ter um console – afinal de contas, dava para fazer a mesma coisa que se fazia no console em um PC, e mais uma infinidade de coisas. Vale lembrar que nessa época os computadores estavam começando a se tornar populares e acessíveis ao público graças a iniciativa das gigantes como IBM e Commodore, e uma pequena empresa em particular.
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Eis que na década de 1980 uma pequena empresa chamada Microsoft e seu presidente (Bill Gates) com cara de menino desnutrido começava a se expandir. Em sua primeira expansão, a Microsoft firmou acordo com a japonesa Ascii na tentativa de estabelecer um padrão de hardware para os computadores para que os custos de produção fossem reduzidos e, assim, os PCs realmente se tornassem acessíveis a todo o público. Finalmente em 1983, durante uma conferência para a imprensa, surgia o padrão aberto MSX, que prometia se tornar o VHS dos computadores pessoais. E conseguiu!
MSX Phillips VG8020 - Video Game BrasilCom hardware um tanto quanto inferior que a concorrência (leia-se IBM e Commodore), os computadores MSX eram conhecidos pelo seu bom desempenho, melhor do que os que tinham hardware superior. Os recursos gráficos mereciam destaque – enquanto os demais apresentavam ainda telas em P&B ou com 4 variações de tonalidades, o MSX apresentava até 16 cores simultâneas na tela: um arraso!
Gradiente Expert - MSX lançado por aqui pela Gradiente - Video Game BrasilMas ai vocês me perguntam: esse aqui é um blog de vídeo games, porque falar de um computador? Ora bolas, o problema é que o MSX foi o computador mais console de todos os tempos. Os gamers desamparados com o crash da indústria de 1983, rapidamente encontraram onde se refugiar com o MSX. Graças ao padrão aberto da sua arquitetura, várias gigantes resolveram investir nele: Sony, Yamaha, Panasonic, Toshiba, Pioneer e várias outras produziram várias versões dele. Poraqui o MSX chegou às nossas casas graças a Gradiente, a Sharp e a Dynacom.
Graças a grande quantidade de empresas investindo no padrão, rapidamente produzir e comprar um MSX tornou-se muito barato. As softhouses, arrasadas pelo crash da indústria, logo viram a oportunidade de se reerguerem no MSX. Sem dúvidas a Hudson Soft e sobretudo a Konami foram as principais responsáveis por tornar o MSX em um verdadeiro centro de entretenimento para os gamers.
Com lançamentos exclusivos e ports de fazer inveja a qualquer console até então, o MSX contou com jogos como King’s ValleyRally-XKonami’s BoxingF1 Spirit(esse é bom), a continuação Road Fighter (melhor ainda), Pac Man e até Mario!
King's Valley Rally-X Konami's Boxing F1 Spirit Road Fighter Pac Man Mario
Não demorou muito para que o MSX sofresse seu primeiro upgrade. Em 1985 surgiu o padrão MSX 2.0, com mais memória RAM, VRAM, relógio interno, upgrade do software interno (Microsoft Basic 2.0) e a incrível capacidade de processar 256 cores silmutâneas na tela. Apesar das novidades, o novo padrão era compatível com o padrão antigo, ou seja, compre um e leve dois. E não foi surpresa ver as softhousescontinuarem a fazer jogos – os quais se tornaram muito mais atraentes graficamente falando (imaginem só, são 256 cores meu povo!).

Podemos destacar aqui King’s Valley 2, Vampire Killer (depois chamado de Castlevania), Metal Gear 1 e 2 e mais um punhado de jogos interessantes!
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O MSX continou popular por muito tempo e foi produzido até meados de 1995, quando teve sua produção descontinuada pelas empresas sócias detentoras do padrão. Mesmo “falecido” há muito tempo, o MSX continua sendo o computador mais console que já existiu, tendo sua bandeira levada por inúmeros fãs espalhados por todo o mundo. No Brasil foi uma das poucas opções existentes de entretenimento eletrônico, já que o país não podia importar nada devido a reserva de mercado, sendo lançado como um video game mesmo, sem teclado e com slots para cartuchos e joysticks. Quando se chegava ao Brasil, a galerinha adicionava um teclado e ficava tudo certo.
Sem dúvidas o MSX foi responsável por fazer a indústria dos games ressurgir de uma maneira ou de outra. Com uma legião enorme de fãs até hoje, foi o MSX o responsável pelo lançamento de grandes franquias que existem porai até hoje, como Castlevania, Metal Gear e Bomberman, além de ter recebido outras famosas como Final Fantasy, Contra, Dragon Quest, Dragon Slayer, Gradius entre outras. Uma jóia que cumpriu com o seu papel de computador pessoal e de centro de entretimento gamer. Feliz de quem o teve!.
 

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