Master System

Sega Master System (1986)

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Sega%20Master%20SystemTrês anos após o lançamento do NES a Nintendo dominava cerca de 90% do mercado mundial de consoles, deixando os míseros 10% para o Atari e o Intellivision. Cada vez mais a indústria dos vídeo games crescia, rendendo mais e mais dinheiro para quem tivesse capital para investir nessa empreitada. Eis que a gigante japonesa Sega, conhecida por seus arcades no Japão, decide investir em seu primeiro console doméstico, o Sega Master System.
Precedido pelo Sega Mark III (1985) lançado no Japão (que na realidade era o Master System em uma cara diferente), o Master System chegou ao mercado oficialmente em 1986 e tinha a dura missão de quebrar o monopólio da Nintendo no mercado – missão essa que falhou no Japão e nos Estados Unidos.
A Nintendo já estava presente em praticamente 100% dos lares americanos e japoneses que possuiam um console e de quebra tinha um contrato de exclusividade firmado com as produtoras de jogos, o que dificultava mais ainda o Master System poder receber jogos de third-parties como Capcom, Activision, Namco e Konami, por exemplo. Missão pra lá de difícil, mas que a Sega encarou de frente.
Apesar de possuir um visual mais agressivo e moderno do que o seu concorrente, e um hardware tecnicamente mais avançado, o Master System não emplacou nos Estados Unidos e nem no Japão. Inclusive nos Estados Unidos a Sega vendeu os direitos de comercialização do console para uma empresa varejista chamada Tonka Toy, na tentativa desesperada de fazer com que o console antigisse um maior número de regiões, o que acabou não dando muito certo – cada vez mais o console afundava na lama.
300px-Master_System_IIContudo nem só de insucesso viveu o Master System – na Europa, no Brasil e na Austrália o console fez mais sucesso do que qualquer outro console na época. O console foi muito bem recebido nesses locais e teve um apoio muito grande dassofthouses locais que não conseguiram contratos com a Nintendo para produção de jogos para o NES – recebendo incentivos da própria Sega, começaram a desenvolver jogos, por sinal muito bons, para o Master System, aumentando a biblioteca de jogos do console que até então possuia, predominantemente, jogos convertidos do arcade da própria Sega.
Mesmo com a escassez de jogos significantes, o Master System ainda teve bons títulos como Afterburner, Choplifter, Alex Kidd (clássico!), Double Dragon (quem não lembra?), California Games (e as famosas embaixadinhas), Gangster Town, Out Run, Shinobi, Great Volleyball e Phantasy Star.
Afterbur Alexkid Californ Choplift Doubledr Gangster Outrun                          Phantasy
193154O Master System tinha entrada para cartuchos e cartões (esse posteriormente retirada do console) e seus jogos podiam ter até 8MBits, e foi lançado em várias versões ao longo do seu ciclo de vida (uma moda para aquela época, eu acredito). Seu controle era uma imitação não oficial do controle do NES, porém bastante inferior a ele – possuia dois botões de ação e um direcional com oito posições. O botão do Start não existia (essa função era desempenhada por um dos botões de ação). O interessante do controle é que ele seguia o padrão de facto da Atari e podia ser utilizado em qualquer console que tivesse portas para esse tipo de conector, como o Atari 2600, o Amiga e o Commodore 64.
Em sua versão Master System II o console trazia uma porta de expansão que nunca foi utilizada – enquanto a Nintendo investia pesado em periféricos esquisitos e muitas vezes de utilidade duvidosa, o Master System quase não os teve. Somente a pistola Light Phaser e o óculos 3D SegaScope 3-D Glasses é que se destacaram. Aliás, o SegaScope era extremamente avançado para a época e trazia duas telas de LCD que piscavam em sequência para que o gamer tivesse um sensação maior de profundidade no jogo. Mesmo sendo inovador, o periférico fracassou devido a pequena quantidade de títulos que o utilizavam e também porque cansava pra caramba a vista.
SegaScope 3-D Glasses - Video Game Brasil Light Phaser - Vídeo Game Brasil
No Brasil, no entanto, o Master System fez (e ainda faz) muito sucesso. Produzido e comercializado pela Tec Toy a partir de 1989, o console chegou as prateleiras brasileiras com preço mais acessível que o NES, com títulos nacionais e com uma logística bastante satisfatório para os usuários brasileiros. Foram inúmeros os jogos brasileiros produzidos exclusivamente para o Master System, além dos que foram traduzidos para português, como Chapolin X Drácula, jogos da Turma da Mônica e o Sítio do Pica-pau Amarelo.
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A Tec Toy até hoje produz o Master System em sua versão Master System 3 que não possui entrada para cartuchos e vem com mais de 100 jogos na memória. Além disso a Tec Toy ainda fez várias versões compactas do console e até uma com transmissão de Áudio e Vídeo wireless, descartando a utilização de fios para conectar-se à televisão.
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Infelizmente o Master System pode ser considerado um fracasso da Sega e não conseguiu cumprir com o que propunha, amargando o título de “melhor dos piores”, já que competia apenas com o Atari 7800 e com o Intellivision pelos 10% restantes do mercado. Tamanho insucesso fez com que a Sega começasse a desenvolver seu console 16 bits primeiro que a Nintendo. O caixão do Master System foi finalmente fechado quando do lançamento do Sega Mega Drive (Genesis) em 1989.
 

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